Salão da Capital recebe 7ª edição do programa Mãos EmPENHAdas

Lançado em março de 2017 e com reconhecimento em todo o país, pela primeira vez a ação de capacitação do programa Mãos emPENHAdas Contra a Violência foi realizada dentro de um salão de beleza. Na manhã desta segunda-feira (18), quinze profissionais do salão Jacques Janine, em Campo Grande, receberam as orientações da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS e atuarão como agentes disseminadores de informações sobre violência doméstica e de gênero para o público que atendem. A capacitação foi ministrada pela juíza Jacqueline Machado, coordenadora da Mulher do TJMS, pela assistente social Vanessa Vieira e pela psicóloga Sandra Regina Monteiro Salles. “Pela primeira vez a gente faz a ação dentro de um salão de beleza. Aqui os profissionais estão dentro do ambiente deles e fica mais prático. Para nós é uma experiência nova, que pode até no momento ter clientes que também vão poder ouvir a apresentação. Nesta capacitação são passados os aspectos psicológicos, sociais e jurídicos da violência contra a mulher. O que a mulher deve saber sobre medida protetiva, onde ela deve procurar ajuda, ciclo da violência, como ela faz para conseguir o atendimento, e os tipos de violência”, ressaltou a magistrada. De acordo com a juíza coordenadora, esta já é a terceira capacitação em 2019 e a perspectiva é de continuar até que se alcance a maioria dos bairros e salões da Capital, além da interiorização, atingindo persas comarcas de MS. A proprietária do salão Jacques Janine, Renata Gabas, ressaltou a importância da capacitação das profissionais em relação à violência doméstica. “Acho importante essa capacitação que as meninas estão recebendo para aprender e absorver para multiplicar isso aos clientes, dentro e fora do espaço. Já tivemos experiências em conversas informais sobre esse assunto, não só com as manicures, mas também com as meninas da depilação. Às vezes elas vêm ser atendidas com alguma parte do corpo machucada e a depiladora consegue identificar. Agora vai ficar mais fácil orientá-las”. Reconhecimento – Em 2018, a iniciativa, criada pela juíza Jacqueline Machado, coordenadora da Mulher e titular da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar da Capital, recebeu reconhecimento nacional com o Prêmio Direitos Humanos 2018, na categoria Mulher, concedido em 21 de novembro, em Brasília, pelo Governo Federal. O programa começou quando a juíza percebeu que as mulheres falavam espontaneamente da violência sofrida durante tratamentos em salões de beleza.  O reconhecimento à boa prática veio com a implantação do programa em outros Estados do país. “Além do Pará e do Piauí, que já implantaram, tivemos interesse de várias cidades e também de outros tribunais no programa. O Rio de Janeiro me convidou para ir lá em março, falar sobre as boas práticas, para essa possibilidade de implantação, e Goiás também pediu o projeto para verificar a possibilidade. Há uma boa perspectiva de implantação em outros estados”, afirmou a juíza.
18/02/2019 (00:00)
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