Estação da Arte conta a história de um casal apaixonado por discos de vinil

A música uniu a advogada Priscilla Figueiredo, 30, e o administrador Max Amorim, 36. A paixão de hobby se transformou em negócio e há três anos o casal mantém o sebo “Tcha por Discos”, especializado em venda de discos de vinil em bom estado de conservação, mas também possui CDs, DVDs, camisetas, vitrolas, toca-discos, carrinhos, antiguidades, selos e materiais de suporte aos colecionadores.   Priscilla e Max vieram ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e foram entrevistados pela jornalista Eli Cristina Azevedo, e contaram a historia deles com a arte para o programa ‘Estação da Arte’, veiculado pela rádio web Estação TJ.   O casal revela que o acervo do sebo teve início quando um familiar de Priscilla se desfez de vinis antigos, eles fizeram um “garimpo”, pesquisaram sobre as relíquias que tinha nas mãos e começaram a oferecer, de boca em boca. Hoje o acervo conta com mais de 5 mil discos, cerca de 2 mil catalogados, algumas raridades como da banda americana de blues “Fleetwood Mac”, que tem prensagem japonesa de 1972, o primeiro disco gravado por Edison Machado, considerado um dos maiores expoentes da música brasileira quando o assunto é bateria, além dos cantores nacionais como Gal Costa e Belchior entre outros.   Os preços são variados. Há discos de R$ 3 a R$ 750. “É difícil colocar preço em um disco, mas tem que se levar em consideração o ano que foi lançado, o estado de conservação, a prensagem. Precisamos fazer buscas para saber o que aconteceu na época da gravação, se foi um disco que sofreu censura na época da ditadura,cada disco e único”, reflete Priscilla.   “Temos discos de todos os estilos, desde músicos regionais até os internacionais. Há sertanejo, brega, jazz, osquestra, metal, música erudita enfim de tudo um pouco”, cita Max. Para ele, a qualidade do som de um vinil é incomparável às músicas digitais. “O vinil gera uma onda mais orgânica, natural. A digitalização deixa muito a desejar, fica um som mais sintético”, ensina.   O nome da loja surgiu de uma conversa com amigos. A procura era por ter algo que remetesse ao passado, mas identificasse que o sebo era de Cuiabá. “Por incrível que pareça, um amigo londrino, casado com uma amiga nossa, que sugeriu. Com um sotaque gringo ele perguntou: Porque não Tcha por discos? Todos gostaram da sonoridade e ficou”, revela Max.   O acervo funciona na residência do casal, no bairro Boa Esperança, bem próximo à UFMT. As visitas podem ser feitas, mediante agendamento por whatsapp, celular e redes sociais. O sebo também funciona de forma itinerante, por meio de parcerias com bares e eventos da capital. Eles ainda organizam a Feira Itinerante Roda Vinil, que roda Cuiabá, com a participação de outros sebos de discos e acontece em um sábado do mês. A pulgação ocorre pelas redes sociais. A 11ª edição aconteceu dia 19. “Foi muito bom, conhecemos pessoas novas e trocamos experiências. Um dos colecionadores mostrou como ele faz a catalogação do acervo dele”, afirma Priscilla.   Para os apaixonados por música e discos, o espaço fornecido pelo Poder Judiciário para a pulgação da arte, cultura é de extrema importância e ajuda a fomentar a cadeia cultural. “Nós, por exemplo, começamos pequenininhos, hoje estamos aqui pulgando nosso trabalho”, diz Priscilla. “Muitas vezes as pessoas nem sabem que existe este tipo de local e não sabem o que fazer com discos antigos e até jogam fora. Por favor não façam isso, temos interesse em comprar seu LP ou trocar”, completa.   “Trabalhar com sebo tem a característica de valorizar o bem cultural e com esse espaço o Poder Judiciário colabora para essa rede”, avalia Max.   Conheça mais sobre o sebo pelo Instagram @tchapordiscos e www.facebook.com/tchapordiscos    
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